domingo, 27 de julho de 2008

Intolerância...

Estava pensando em como começar este texto. Foi quando me lembrei de uma breve conversa que tive com um evangélico, num transporte coletivo, no início deste semestre. Começamos a falar um com o outro e fui atrevida de insinuar que duvidava da existência de um Deus. Vi manifestado naquele ser uma indignação tamanha. Mesmo argumentando com o mesmo, dentro da 'lógica cristã', do que é pregado acerca do livre arbítrio professado na Bíblia, não obtive sucesso em tranqüilizar o espírito daquele homem de que, porventura, se havia alguém a ser "punido", esse alguém seria eu!

Há algum tempo tem me causado certa indignação, incômodo e, por vezes, até espanto as reações e posturas de alguns indivíduos frente ao que não lhes é, digamos, 'natural' ou 'aceitável'. Pois bem, são em situações como estas que me faz pensar que o século XXI, os avanços tecnológicos, os avanços na medicina, a dita 'civilização' do homem urbano e os esforços(???) da mídia televisiva em 'conscientizar' a população, desmistificar crenças, romper com tabus ainda não foram suficientes para tornar as relações humanas mais harmoniosas. Nem mesmo as instituições religiosas estão dando conta disso.


Em dezembro de 2007, um adepto da Igreja Universal do Reino de Deus destruiu a imagem do santo católico São Benedito. Esta imagem, com 300 anos de existência sofreu um longo processo de restauração e já foi devolvida à igreja onde estava exposta. O altar da Igreja do Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora Santana ainda está em processo de restauração. Esse fato me remeteu à Idade Média, quando a Igreja Católica também cometia seus atos criminosos, a exemplo do Tribunal da Santa Inquisição, onde se decidia quem seria queimado vivo ou não.

A idéia que ainda faço de religião, espiritualidade, é a de busca pelo indivíduo de auto-conhecimento, de equilíbrio e paz de espírito, de harmonia, de respeito pelo outro, de adequação de comportamento e condutas visando uma convivência mais pacífica com outros indivíduos independente de qualquer orientação religiosa ou de nenhuma orientação religiosa. Será esta uma realidade utópica?

3 comentários:

Anônimo disse...

vc nao existe... queria estar lá ouvindo o papo...

Unknown disse...

Eu perdi o seu contato. Queria muito conversar com voce novamente. Me manda um email, não importa quando ler essa mensagem.

Alexandre
gerenciamento@queroumsite.org

Benedito Prado disse...

A religião que descreves é racional e representa uma busca da integração com tudo que existe, uma aceitação da condição humana de temporalidade, extirpando o sofrimento da alma através da alegria de fazer parte do universo. De outro lado, muitos buscam na religião uma salvação, a felicidade eterna por meio da abstração irracional e feroz de quem se acha acima da natureza. Quando o modo de vida de terceiros questionam seus valores incríveis ou não críveis, as favas com os escrúpulos. Enfim, é o coroamento da tirania. É preciso saber distinguir, Ele, se existir saberá, pois se é onipotente e onipresente, isso não será nada se não for inteligente. Um abraço