segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Ausência

Aqui estou, para a primeira postagem de 2009. E 2009 começou bem para mim. Já estou trabalhando embora não esteja completamente satisfeita. Feliz sim, mas não satisfeita. Tenho tido aborrecimentos, cansaço, algumas decepções e desgostos, não estou me sentindo à vontade ainda no ambiente de trabalho e no curso e isso tem se refletido num rendimento, para mim, não muito bom...

Mas o que me interessa falar agora é sobre a ausência. Estou sentindo falta de ficar sozinha em casa. Passo o dia quase todo fora, entro em contato com várias e diferentes pessoas e não sinto que tenho tempo de ficar comigo mesma, com meus pensamentos.

Hoje, especialmente hoje, senti falta de duas pessoas. Uma delas é minha mãe. Falei com ela pelo telefone e foi um pouco estranho. Ela está na mesma cidade, tem apenas um mês que não a vejo e tive a impressão de não nos falarmos há tempos! Na breve conversa, percebi a preocupação, o cuidado e estou escrevendo este texto por perceber que agora tenho passado muito mais tempo com pessoas que estão mais preocupadas consigo e dispendendo tempo com seus umbigos...

Curioso foi na mesa do café... lembrei do meu avô Silvério, a segunda pessoa de quem senti falta
. Lembro quando pequena quando em algumas ocasiões me aborrecia quando sentava à mesa e ele me empurrava tudo e dizia que era pra "comer direito". Lembro do quanto ele se preocupava com o bem estar de todos, do cuidado, do carinho, da atenção, da preocupação... tudo muito verdadeiro... e sinto muita falta dele.

A ausência é importante e necessária. Hoje ela me fez perceber muitas coisas que a rotina, que o cotidiano e os estressores nos cegam. Fez com que pensasse na futura ausência permanente da minha mãe e isso me incomodou porque no fundo sinto a necessidade de retribuir todo o carinho e atenção que ela tem e sempre teve comigo, oportunidade que não tive de fazer com meu avô Silvério. Hoje vou pra cama me sentido uma caloteira, uma ingrata. Não há pior agiota que a própria consciência...


3 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente as vezes pecamos em não ver obvio que está sob nossos olhos.
Infelizmente não vemos que se sentimos a ausência de alguma coisa, não é por que está presente, mas por que está ausente.
Feliz é quem tem o poder de ver que na rotina da vida, podemos encontramos tudo o que nos é caro e que deve ser apreciado agora, e não viver no passado, mas aprender com ele e aceitar as decisões feitas nele.
O futuro não existe, e presente, como a própria palavra diz, é algo a ser apreciado agora.
Aprenda que se quer curtir a família, curta agora, por que não saberá se a terá amanhã.

Anônimo disse...

Infelizmente as vezes pecamos em não ver obvio que está sob nossos olhos.
Infelizmente não vemos que se sentimos a ausência de alguma coisa, não é por que está presente, mas por que está ausente.
Feliz é quem tem o poder de ver que na rotina da vida, podemos encontramos tudo o que nos é caro e que deve ser apreciado agora, e não viver no passado, mas aprender com ele e aceitar as decisões feitas nele.
O futuro não existe, e presente, como a própria palavra diz, é algo a ser apreciado agora.
Aprenda que se quer curtir a família, curta agora, por que não saberá se a terá amanhã.

Bárbara Cristina disse...

O mais importante e primordial é não fazermos da ausência um fator presente em nossa vida.
Não fazermos com que nossos olhos não enxerguem aqueles que estão tão próximos de nós e não o vemos.Uma mãe na mesma cidade , onde não se faz uma visita para saber como vai, jogar conversa fora , falar do passado...um amigo de infância que já não se encontra mais, por causa do corre diário e matar a saudade dos velhos tempos.Deixar de lado o celular,os e-mail as conversar de msn...E dar aquele abraço ,rir cara a cara ...Ah! Que saudades...
Quando a ausência se torna presente em minha vida.Ligo logo pra painho ,peço a ele que faça uma farofinha "que só ele sabe fazer",pra tomarmos um café e conversarmos,ou invento logo uma sarau pra reunir os amigos...


Bjo , cunhada...